quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Formação SMED - 31 de julho

Palestra promovida pela SMED durante o Seminário de Formação: a prática pedagógica como desafio constante.




Drogadição e Aprendizagem - Psic. Carlos Alberto Duarte Soares

O palestrante iniciou focalizando a Drogatização como um sintoma social, resultante de uma sociedade de consumo e não somente uma doença ou dependência. 

As pessoas querem ser felizes, jovens, bonitas e bem sucedidas, no entanto, ninguém consegue ser feliz o tempo todo, as pessoas envelhecem e nem todos são bem sucedidos. A partir desta realidade surge a sociedade de consumo e o uso de  drogas traz o alivio mágico (imediato).

Segundo o palestrante, o CRACK é a droga do momento, pois promove a felicidade rapidamente. Todas as drogas dão prazer, porém o uso continuado certamente causa problemas biopsicossociais. 

Em geral, os jovens começam a usar drogas na adolescência, alguns experimentam e param, outros prosseguem, tornando-se usuários crônicos.

No caso do uso do crack, os sintomas físicos são evidentes:

- redução drástica do apetite, que leva à perda de peso rápida e acentuada - em um mês, o usuário pode emagrecer até 10 quilos.
- fraqueza, desnutrição e aparência de cansaço físico.
- insônia.
- descuido na higiene pessoal.



Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer. “Também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”, aponta Fátima Sudbrack, coordenadora do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB). 

Tendo em vista que o crack atinge o lóbulo frontal do cérebro, ocorre falta de atenção e concentração. A pessoa começa a mentir e se distanciar afetivamente, pode apresentar alucinações, sensações de perseguição (paranóia) e episódios de ansiedade, euforia e depressão.

O dependente pode, ainda, passar a furtar objetos de valor de sua própria casa ou trabalho para comprar e consumir a droga. “O humor pode ficar desequilibrado em função do uso ou falta da droga. O usuário alterna entre estados de apatia e agitação”, diz Fátima Sudbrack.

Durante a palestra, ficou evidenciado que tanto o usuário de drogas, quanto os indivíduos com doenças mentais podem aprender, se o professor propor didáticas pedagógicas intencionais, para promover mudanças. Lembrando que o sujeito só escuta o outro, quando há uma relação de afeto (vínculo) e só aprende o que é significativo para ele.

Seria interessante que a escola estivesse atenta a esses casos e imediatamente fizesse acordos e negociações com estes alunos, evitando prejudicar a aprendizagem do restante do grupo e do próprio aluno.

Nenhum comentário: