Y: Mitos e verdades sobre a geração Y
Choque de gerações é um mito. Existe uma necessidade de aprender a se adaptar com diferentes comportamentos.” Com essa frase Alexandre Santille, da LAB SSJ, iniciou uma apresentação que esclareceu vários mitos sobre o comportamento da geração Y no ambiente profissional. Segundo Santille, a entrada da geração Y no mercado de trabalho gerou uma série de discussões sobre os desafios de lidar com esses profissionais, e na tentativa de entender as características desse grupo, o excesso de generalizações acabou criando estereótipos que não correspondem com a realidade.
A pesquisa apresentada na palestra, com resultados baseados nas respostas de estagiários, trainees e gestores, mostrou que a geração Y quer estabilidade na carreira, e para conseguir isso, está disposta a trabalhar mais horas do que as outras gerações. Ao contrário do que muitos pensam, mais da metade dos entrevistados Y’s não quer mudar de emprego nos próximos três anos e, na verdade, o que interessa é ter desafios e passar por um processo contínuo de aprendizagem.
Outro senso comum é que os jovens só pensam no dinheiro. Santille mostrou que eles estão muito mais interessados em atuar numa empresa que compartilhe seus valores do que em uma que lhe pague um salário melhor. A pesquisa também indicou quais são os principais fatores de retenção, ou seja, o que faz com que a geração Y permaneça na mesma empresa. E, mais uma vez, o dinheiro ficou atrás de pontos como plano de carreira, cultura da empresa e aprendizagem. Outro mito é que a geração Y só gosta de trabalhar com jovens. Dados mostraram que, para esse grupo, os valores e a ética dos colegas de trabalho são muito mais importantes do que a idade.
A conclusão que se chega depois de conhecer um pouco mais a fundo as expectativas e os valores dos jovens de hoje é que não se trata de uma questão de geração ou idade, mas como o jovem se comporta no mercado de trabalho – atualmente ou há 40 anos. “O choque de gerações se transformou em uma justificativa fácil. Os conflitos surgem por estereótipos e violação de expectativa”, conclui Santille.
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