terça-feira, 14 de abril de 2009

Os Benefícios da Doença


Por Dalton Campos Roque – http://www.consciencial.org/


Há gente que não tem jeito, gosta de ser e se sentir coitadinho. É claro que há exceções e há doenças que são de fato orgânicas, mas a maioria é psicológica e psicossomática, ou seja, são criações mentais do ser que depois se manifestam no corpo.


Ser doente, ficar "dodói" pode trazer muita compensação. Atenção da família e de amigos, consolo e atenção, desculpa para trabalhar menos, para fugir de algo (justo ou não), ganhar presentes, ser perdoado, não precisar pedir desculpas e coisas mais.


Há também mecanismos de autopunição que na verdade são também uma forma de fuga, como por exemplo, até a fuga de ter que pedir perdão diante de erro que não admite. Tudo que pode trazer a cura eles evitam, afinal se curar é um risco muito grande."Imagine que vou ler este livro ou fazer aquele curso, posso ficar curado, posso não conseguir dar mais estas desculpas imbecis que justificam minha doença de coitadinho".


"Então não lerei nada e nem farei curso e nem tratamento nenhum".


"Continuarei a reclamar e me lamuriar eternamente colocando a culpa nas pessoas, na vida e em Deus por minhas tão miseráveis desgraças que não quero curar, pois me dão benefícios".


É incrível, mas há pessoas que sentem prazer na derrota. São covardes da vida.


Muitos poderiam se curar se quisessem, poderiam ser felizes dar a volta por cima, ser alegres e ainda ajudar há muitas pessoas, mas preferem a miséria da sombra cinza de si próprias.


Não existe ajuda possível a quem não quer ser ajudado.


Às vezes parentes muito próximos usam a doença como chantagem emocional, como forma de manipulação de toda a família e até de crianças inocentes. As lágrimas do"coitado" se tornam enxurradas nos pés dos circundantes que por não terem lucidez acabam se tornando coniventes, cúmplices da idiotia de um ser que sente autopiedade.


São mendigos conscienciais que não se contentam com a felicidade sadia e optam pela "felicidade" da doença, do mal estar, da "cotadice". Não há miséria maior! Ninguém cura ninguém, toda cura é uma autocura. Então não adianta tentar ajudar a quem não deseja receber ajuda.


Um caso que meu professor contou foi muito interessante. Os amigos deles o assistiam diante do espelho passando creme, ele diz que acha que pensavam que ele era "veado" por isto.


Depois ele contou que tinha predisposição a câncer de pele, então os amigos se sentiram melhor, ou seja, antes doente que "veado".


A conclusão é que a sociedade é que é doente, não apenas no preconceito, mas também por acolher, preferir a doença (no caso o câncer) do que um comportamento que não aceitam.


Ignorância pouca é bobagem! Também vejo pessoas nos Centros Espíritas e Casas Espiritualistas que brigam e se ressentem umas com as outras por tão pouco, mesmo por quase nada. Apenas por discordância na interpretação de conceitos, discordância pela idéia de seu guru (autor ou mentor preferido) e levam isto para vida toda.


A ignorância é a maior universalista de todas, visita a todos os lugares e pessoas sem preconceito ou distinção.


Texto de Dalton Campos Roque – www.consciencial.org

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