
O DIA INTERNACIONAL DA MULHER! UMA TRISTE E COMOVENTE HISTÓRIA!
O fio da história - Dia Internacional da Mulher
por Edemir Antunes Filho e Luiz Carlos Ramos
Lá estavam elas, ao som dos teares, tecendo com fio lilás
os tecidos que deveriam vestir e aquecer outros corpos
- roupas que elas mesmas jamais vestiriam.
Já próximas ao limite de suas forças,
exaustas pelas 16 horas de lida diária,
as operárias ainda encontravam ânimo
para socorrer companheiras que se esvaiam tuberculosas;
para saudar crianças recém-nascidas que saltavam pra dentro da vida
alí mesmo, sob os teares;
e para chorar as envelhecidas jovens que aos 30 anos agonizavam
em seus postos e se despediam de sua breve vida.
Entretanto, embaladas pelo ritmo das máquinas,
e com o colo molhado pelas lágrimas,
gestavam sonhos de esperança:
salários dignos, melhores condições de saúde, jornada de trabalho
que lhes permitisse abraçar mais longamente suas crianças,
beijar mais ternamente seus maridos
e saborear um pouco mais a comunhão à mesa na simplicidade dos seus lares.
Contagiadas por esse sonho, foram compartilhá-lo com o patrão.
Mas o patrão, indignado com tamanho absurdo
julgou ser este um caso de polícia
e resolveu transformar aquele sonho divino
em um pesadelo infernal.
No dia 8 de março de 1857
as portas da fábrica Cotton de Nova York foram trancadas
e o edifício transformado em um grande crematório
onde 129 mulheres foram sacrificadas.
Mas a fumaça daquele holocausto espalhou-se por todo lugar
levando consigo o sonho daquelas mulheres,
contagiando e sensibilizando pessoas em todo o mundo
que se encarregaram de tornar realidade aquele ideal.
Mártires cremadas, fios lilases, gestantes de um mundo melhor
inspiraram Clara Zetkin, durante o
Congresso Internacional de Mulheres, realizado na Noruega, em 1910,
a instituição do marco de comemoração.
Foi proposta como data oficial do dia internacional da mulher
na Conferência Internacional das Mulheres Comunistas em 1921
e a partir de 1922, esta data é celebrado oficialmente.
Desde então, a cada 8 de março,
mulheres e homens reafirmam sua tarefa
como tecelãs e tecelões de uma nova História.
Quem você pensa que é?
Perguntou prá mim de queixo em pé!
Sou forte, fraca, generosa,
Egoísta, angustiada, perigosa,
Infantil, astuta, aflita,
Serena, indecorosa, inconstante, persistente
Sensata e corajosa
Como é toda mulher
Poderia ter respondido.
Mas não lhe dei esta colher.
Martha Medeiro
Escritora e Publicitária.
MAIS UM ITEM RECEBIDO NA SEMANA DO DIA DA MULHER, do meu amigo Bernardo.
Mulher e Poesia
A mulher é como a poesia,
deve ser sentida
e já mais explicada.
É no silêncio das frases mudas
que a mulher, quando sentida,
mostra-se por inteira.
E não foram poucos os que tentaram explicá-la:
filósofos, biólogos, dramaturgos, cineastas,
psiquiatras, psicólogos, arqueólogos, antropólogos,
dizem que até os geólogos fizeram suas tentativas.
Tolos!
Mais tolos ainda,
foram os que tentaram dominá-la.
O certo mesmo é que mulher não se explica.
Mulher, se sente!
A mulher quando explicada,
perde a graça, perde o sentido.
Como a poesia.
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