domingo, 6 de fevereiro de 2011

Só investimento não resolve problemas do ensino



O investimento médio anual por aluno de cada estado brasileiro não tem impacto direto no desempenho do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado nesta semana. Isso significa que a quantidade de dinheiro aplicada por estudante não está surtindo efeito nas notas. Segundo levantamento do Movimento Todos pela Educação, a renda familiar tem peso maior.

É o caso de Roraima, o segundo estado brasileiro que mais investe em valores anuais por aluno - um total de 4.365,37 reais -, mas figura em 18.º no ranking do Pisa. A situação inversa - menos gasto e melhor desempenho - é observada em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os três estados, que ficaram entre os quatro mais bem colocados no ranking do Pisa, investem anualmente menos que 2.500 reais por estudante.

Segundo o levantamento do Todos pela Educação, feito com base nos dados da avaliação de leitura, a relação só se aplica no Distrito Federal, que obteve a maior média do país no exame, com 439 pontos, e detém também o maior investimento médio (4.834,43 reais). Já São Paulo, 7.ª posição entre as notas dos estados, tem o 9.º maior gasto.

Para Mozart Neves Ramos, do Todos Pela Educação, as verbas destinadas à educação só têm efeito quando realmente são revertidas em políticas estaduais eficientes. "Isso só se traduz quando o estado aplica bem o dinheiro. É o caso de Minas Gerais, por exemplo, que tem uma renda mais baixa, mas aparece entre os primeiros no Pisa."
(Com Agência Estado)



O Jornal da Globo exibiu uma série de reportagens com base em uma pesquisa realizada pelo Ibope em parceria com a Organização Todos pela Educação, em que os entrevistados responderam quais eram os maiores problemas da Educação no país.

As reportagens são da repórter Janaína Lepri e foram apresentadas no jornal nos dia 16, 17 e 18 de março de 2009. Elas englobam os maiores problemas da Educação, de acordo com a pesquisa:

“Entre os principais problemas apontados na educação no país, destacam-se a “falta de segurança e drogas nas escolas” (50%) e “professores desmotivados e mal pagos” (48%), empatados em primeiro lugar.

A “baixa qualidade do ensino/os alunos não aprendem” (33%) aparece num segundo patamar, junto com “professores desqualificados/ despreparados” (32%) e “número insuficiente de professores” (29%).”

 (Fonte: Ibope)


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