Como diz Rubem Alves, no livro Entre a Ciência e a Sapiência,
Morrer faz parte do ciclo humano. No entanto, mais que bens materiais, quando deixamos de existir fisicamente, podemos deixar na terra nossos ideais. Se durante a vida conseguirmos plantar nossas idéias, perceberemos que outros continuarão com nossos sonhos, tornando-os um dia realidade.
Nesta formação de professores, novas idéias foram plantadas. Uma delas, desenvolvida na escola Morro da Cruz, é muito interessante do ponto de socioambiental, como a própria apresentação refere, Transferência de Teconologia Socioambiental - aquecedor solar. Pode ser implantado nas residências da comunidade escolar, promovendo economia financeira e ambiental. Mais detalhes no blog:
http://bibliotecamorrodacruz.blogspot.com.br/2011/05/aquecedor-solar-e-transferencia-de.html
O grupo de professores está produzindo recursos didático pedagógicos para letramento e numeralização, bem como uma cartilha pedagógica do aquecedor solar (quebra-cabeças, jogos de memória com caixas de leite, histórias em quadrinho, etc). Estão desenvolvendo projetos em parceria com o LIAU - Laboratório de Inteligência do Ambiente Urbano: composteira, minhocário, canteiro de plantas medicinais, aquecedor solar de água, esgoto por zona de raízes, descarte e reutilização de lixo seco e produção de sabão. Pretendem transferir essas tecnologias para a Associação de Moradores do entorno, já fizeram a transferência de um aquecedor de água para o Sítio Vovô Rangel. Idéias para conscientização: consumo consciente de água e outros recursos da natureza.
Outra apresentação interessante foi a da escola Ana Iris, que realiza Viveiros de mudas, composteira. monitoria ecológica (anjo da guarda), horta e plantio em canos suspensos, com água coletada das calhas após a chuva. Nas hortas, os alunos preparam a terra, fazem descobertas na terra (animais, pedras, etc), plantam, cuidam e colhem. O sistema de irrigação é realizado com mangueiras pretas perfuradas, que atua como se fosse uma neblina, melhor para o desenvolvimento das plantas. Para evitar a perda da terra e seus nutrientes, os canteiros e horta são cercados por garrafas pet emborcadas. Outra atividade interessante nesta escola, são as oficinas na cozinha. Os alunos aprendem a produzir pizzas ou outros pratos, mas na realidade, o objetivo é a conscientização da nutrição e da postura durante o refeitório, evitando desperdícios e condutas inadequadas com os alimentos. Durante a oficina, as cascas, caroços e outros resíduos orgânicos podem ser transferidos para reutilização nas composteiras para a produção da horta escolar (produtos orgânicos), que não usa agrotóxicos.
Realmente muita coisa se aprende nessas interações entre escolas. Se Porto Alegre quer melhorar, precisa investir na educação dessas crianças das escolas municipais, enviando recursos para as escolas e disponibilizando qualificação para os professores interessados. Infelizmente, nem todas as escolas tem o espaço disponível para essas atividades ecológicas apresentadas. Terra, sementes, canos, mangueiras, tudo gera custos também.
Por outro lado, no dia 15.09.2012, na escola São Pedro, durante o intervalo para o "cafézinho", assistimos a banda da escola Heitor Villa Lobos, linda!
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