quinta-feira, 14 de junho de 2012

PAZ, PESSOAS e PLANETA


Conforme relato de Brice Lalonde, Coordenador Executivo da Rio + 20, a responsabilidade sobre o planeta não pode ser apenas do governo. “Empresários e sociedade civil precisam estar comprometidos.” Diante do novo cenário da Terra, ele defendeu uma Organização das Nações Unidas moderna, atuando em três pilares: “paz, pessoas e planeta.”

http://www.rio20.gov.br/sala_de_imprensa/noticias-nacionais1/rio-20-debatera-solucoes-para-uma-vida-melhor-no-mundo-diz-coordenador/

DEZ PONTOS PARA A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA

www.educacionenvalores.org/spip.php?article810

... Entendendo a prevenção, em seu sentido amplo, como toda ação que visa compreender, reduzir, dissolver, evitar, contrapor toda e qualquer manifestação de violência no meio escolar.

1 - Refletir sistematicamente a problemática da violência no meio escolar

As questões relativas à violência no meio escolar são ainda pouco conhecidas e abrangem um vasto complexo de causas e variáveis, exigindo um aparelho sistemático de reflexão e estudo e o despreendimento do viés emocional que geralmente acompanha o debate sobre o tema. A tentação, sempre a vencer, é a do simplismo ou do reducionismo em busca de uma compreensão do fato social em suas várias dimensões: física, psicológica, simbólica, social, etc.

instalando o Fórum Municipal de Prevenção à Violência nas Escolas, com a participação de representantes das secretarias municipais, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Entorpecentes, Ministério Público, Juizado de Infância e Adolescência, Conselho Tutelar, Ordem dos Advogados do Brasil;

implementando as Comissões Regionais de Prevenção à Violência nas oito regiões da SMED;

constituindo o grupo de estudos sobre políticas públicas em relação a violência no meio escolar;

organizando seminário sobre a violência em meio escolar;

estudando a base de dados da pesquisa realizada sobre a temática;

oportunizando contato com textos sobre a temática, através de bibliotecas e grupos de leitura; publicando textos;

socializando a bibliografia sobre a temática;

avaliando sistematicamente as políticas e ações realizadas.

2 - Assumir a não-violência como referencial de toda ação de prevenção à violência

As respostas em relação à violência no meio escolar terão alcance reduzido enquanto permanecerem restritas as medidas de contenção da violência.

Para superá-la, é preciso colocar-se a partir de um outro ângulo e posicionamento: a não-violência, entendida não apenas como negação (ausência) da violência, mas em sua concepção propositiva de justiça e solidariedade.

disponibilizando dados e informações sobre práticas não-violentas realizadas em escolas, movimentos populares e sociais, comunidades;

assumindo práticas e campanhas não-violentas e por uma pedagogia não-violenta;

destacando elementos e atitudes de não-violência;

incluindo datas com referenciais não-violentos no calendário da SMED;

criando uma home-page e um boletim virtual da não-violência na escola;

criticando a violência presente nas vivências escolares.

3 - Desenvolver a educação para a paz como caminho de superação da violência no meio escolar

As questões relativas à violência no meio escolar são, em primeiro lugar, um problema pedagógico e como tal devem ser tratadas. Violência e paz, como fatos sociais, se aprendem.

A educação para a paz tem emergido como um espaço de crítica da violência cultural imposta pela sociedade (currículo oculto da violência) e de capacitação das pessoas para ações na linha da não-violência.

organizando cursos de educação para a paz para professores;

desenvolvendo projeto piloto das Oficinas da Paz como espaço de aprendizado e do exercício do protagonismo juvenil em torno de ações pela paz e pela não-violência;

incluindo conteúdos sobre a paz, não-violência e direitos humanos no projeto pedagógico das escolas.

4 - Capacitar a escola para constituir-se em núcleo e centro promotor da paz e da cultura de paz

É preciso reconhecer que a violência também se aprende na escola.

A escola, como outros agentes da sociedade, tanto tem expressado como tem produzido violência.

A compreensão ocidental de educação ainda associa por demais aprendizagem com punição, premiação, repressão, etc.

Para a superação da violência no meio escolar, é preciso diminuir o potencial criador de violência da escola e transformá-la num núcleo e centro promotor de paz, aperfeiçoando seu potencial gerador de não-violência e relações solidárias e cidadãs.

desenvolvendo uma campanha propositiva: Escola, aqui se aprende a não-violência;

inventariando as ações pela paz já realizadas e em curso na escola e em outros espaços da comunidade;

constituindo Conselhos pela Paz em todas as escolas da rede municipal de ensino de Porto Alegre;

organizando espaços de discussão com a comunidade escolar sobre a temática;

organizando, nas escolas, bibliotecas e arquivos sobre violência e paz no meio escolar;

divulgando, através da internet, experiências realizadas nas escolas para a construção de uma cultura de paz.

5 - Aprimorar as relações humanas na comunidade escolar

A violência, como um fato humano e um atributo da sociedade, sempre se manifesta em forma adjetiva, como característica e expressão das relações sociais.

Não existe a violência em si, mas relações sociais violentas.

Daí a importância de, num programa de prevenção à violência no meio escolar, oportunizar o aprimoramento das relações humanas na comunidade escolar como referência básica e vislumbrar uma nova compreensão de currículo que, como conjunto de vivências e experiências realizadas na escola, visa o estabelecimento de relações humanas profundas e o aprendizado de formas de resolução não-violenta de conflitos.

organizando cursos de resolução não-violenta de conflitos para a comunidade escolar;

valorizando e retomando os princípios de convivências estabelecidos na constituinte escolar de 1995 e referendados em 2000;

desenvolvendo projeto de recreios auto-gestionados por alunos e pais;

valorizando as pessoas (alunos, professores, funcionários, pais, etc.) como sujeitos.

6 - Fortalecer espaços democráticos no sistema escolar

A violência, muitas vezes, apresenta-se como uma forma de expressão dos que não têm acesso à palavra e como a crítica mais radical à tradição autoritária.

Quando a palavra não é possível, a violência se afirma e a condição humana é negada.

Neste sentido, a reversão e a alternativa à violência passa pelo resgate e devolução do direito à palavra, pela oportunidade da expressão das necessidades e reivindicações do sujeitos, pela criação de espaços coletivos de discussão, pela sadia busca do dissenso e da diferença.

garantindo o conselho escolar como espaço coletivo de discussão;

garantindo aos alunos espaços de reivindicação e expressão de suas necessidades;

favorecendo a participação dos alunos e professores no OP da escola.

7 - Fortalecer a cidadania, o protagonismo juvenil e a mobilização social na linha da paz, não-violência e direitos humanos

Muito da exaltação da violência no mundo atual, conforme Hannah Arendt, provêm da degradação da ação política e cidadã. A promoção e o desenvolvimento da ação geradora do novo e da cidadania apresenta-se como uma alternativa de diminuir a violência que surge no vácuo da participação social.

As experiências educativas mais conseqüentes, aquelas que têm obtido um resultado mais eficaz nas alternativas à violência, são exatamente aquelas que estão conseguindo criar espaço de ação política em seu próprio seio.

A juventude tem se mostrado muito aberta e receptiva a tudo que vem promover e desenvolver a cidadania e o protagonismo juvenil.

apoiando grupos de não-violência: hip-hop, capoeira, tai-chi-chuan, grafitagem, etc.;

participando nos movimentos sociais, de direitos humanos e pacifistas;

participando de debates e eventos propostos por outras instituições sobre violência em meio escolar;

desenvolvendo campanha contra brinquedos de guerra;

capacitando multiplicadores de ações não-violentas junto à juventude;

integrando os grupos organizados (gangues) no trabalho de prevenção.

8 - Incentivar projetos de integração escola e comunidade

A diminuição da violência na escola e através da escola está ligada à sua caracterização e consolidação como espaço público e não privado ou restrito a determinados setores da sociedade.

A escola pública reconhece suas raízes comunitárias como espaço de manifestação da liberdade, de relação entre iguais, de prática de cidadania e de enriquecimento do humano.

retomando o vínculo da escola com o orçamento participativo;

realizando oficinas culturais e artísticas, esporte e lazer, nos finais de semana;

participando das reuniões da associação dos moradores, clubes de mães, escolas de samba, etc.

desenvolvendo parcerias com organizações não-governamentais para operacionalizar ações de combate à violência;

fortalecendo a escola como pólo articulador da rede de atendimento às crianças e adolescentes.

9 - Construir estratégias cidadãs de segurança

Pelas vinculações da escola com a sociedade, a problemática da violência no meio escolar apresenta relações com a questão da segurança, entendida como estratégia cidadã para garantir a vida das pessoas e dos equipamento públicos que estão a serviço do desenvolvimento desta mesma vida.

formando e capacitando a guarda municipal como educador social;

discutindo o papel do policiamento comunitário visando a construção de uma nova relação entre a escola e a polícia;

divulgando e realizando debates sobre o ECA;

realizando ações que atendam situações de risco;

elaborando coletivamente uma cartilha para a guarda municipal;

procurando caminhos de superação da problemática da droga na escola;

debatendo com os agentes e instâncias de segurança pública estratégias cidadãs de segurança.

10 - Criar espaços de apoio às vítimas da violência

O trabalho de prevenção à violência no meio escolar não pode desconhecer as conseqüências que as relações sociais violentas trazem para as crianças, adolescentes e jovens, tanto transformando-os em vítimas como em desencadeadores de atos violentos.

Atender e acompanhar as vítimas da violência de forma organizada e sistemática é uma demonstração de responsabilidade ética de uma sociedade que se reconhece ela mesmo como violenta em seus padrões, atitudes e normas.

organizando comitês de atendimento às vítimas da violência nas regiões;

articulando com outros serviços de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência;

encaminhando para atendimento as famílias e/ou responsáveis pelas crianças vítimas de violência;

realizando o acompanhamento pelo serviço de orientação das crianças e adolescentes desencadeadores de atos violentos;

acompanhando cada criança vitimizada pela droga e sua família.




PROTEÇÃO AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Código Penal Brasileiro

Parte Especial

Título XI

Capítulo II


Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Desacato, de acordo com o Código Penal Brasileiro, é um crime praticado pelo particular contra a Administração Pública. Consiste em desacatar, ou seja, faltar com o respeito (descortesia) para com um funcionário público no exercício da função ou em razão dela. Isto é, incorre nesse crime aquele que ofende o agente público em serviço, bem como aquele que ofende alguém em razão de função pública que este exerce.

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