O ser humano é dotado de complexos circuitos neurais cerebrais que constam de variadas conexões entre seus neurônios (sinapses) interagindo entre si de modo a fazer emergir comportamento inteligente. Sendo assim, surge a idéia de que se conseguirmos modelar computacionalmente estas conexões neurais, poderíamos fazer emergir comportamentos também inteligentes em máquinas.
Um neurônio típico é composto por um corpo celular ou soma, um axônio tubular e várias ramificações arbóreas conhecidas como dendritos. Os dendritos formam uma malha de filamentos finíssimas ao redor do neurônio. Ao passo que o axônio consta de um tubo longo e fino que ao final se divide em ramos que terminam em pequenos bulbos que quase tocam os dendritos dos outros neurônios. O pequeno espaço entre o fim do bulbo e o dendrito é conhecido como sinapse, através da qual as informações se propagam. O número de sinapses recebidas por cada neurônio variam de 100 a 100.000, sendo que elas podem ser tanto excitatórias como inibitórias.
A célula nervosa tem um potencial de repouso devido aos íons Na + e K – estarem em concentrações diferentes dentro e fora da célula, de modo que qualquer perturbação na membrana do neurônio provoca uma série de alterações durante um curto período de tempo.
A alteração na concentração dos íons Na + e K – gera um trem de pulso que se expande localmente nas proximidades dos dendritos. Dependendo da intensidade do estímulo, este trem de pulso pode exceder um certo limiar no corpo celular e gerar um sinal com amplitude constante ao longo do axônio. Na fronteira do momento do disparo do neurônio, é gerado um potencial de ação que impulsiona o fluxo do sinal gerado pelo corpo celular para outras células.
O pulso elétrico gerado pelo potencial de ação libera neurotransmissores que são substâncias químicas contidas nos bulbos do axônio, estes neurotransmissores são repassados para os dendritos do neurônio seguinte. Assim, quando o conjunto de neurotransmissores que chegam aos dendritos de um determinado neurônio atinge um certo limiar, eles disparam de novo um potencial de ação que vai repetir todo o processo novamente.
Convém ressaltar que as sinapses podem ser excitatórias, facilitando o fluxo dos sinais elétricos gerados pelo potencial de ação, como podem também ser inibitórias que tem como característica dificultar a passagem desta corrente.
Conforme palestra "Saúde na Escola," da Psiquiatra e Psicoterapeuta Maria da Graça Cantarelli, os estudantes podem apresentar vários comportamentos: tristeza, euforia, hiperatividade, apatia, depressão, impulsividade, etc.
Casos normais podem ser solucionados estabelecendo-se LIMITES, regras ou normas, com muito diálogo amistoso, explicando ao estudante que todos tem DEVERES, como fazer as atividades na escola, seguir as normas em sala de aula, afinal, não se pode conceder privilégios somente para um aluno.
Em alguns casos, no entanto, seria necessário REMODELAR o cérebro, mas é impossível.
A família e a escola formam os hábitos das crianças, na adolescência (12 anos), eles manifestam o que aprenderam ao longo da vida: bons hábitos, gentilezas, vocabulário, etc. Por isso, é importante criar hábitos de estudo, de respeitar os adultos, amigos e colegas, de saber conviver. Lembrando que a criança NÃO FAZ o que a gente diz, mas segue nosso MODELO não verbal, copia as atitudes do adulto que convive.
Porém, há casos mais complicados, que envolvem problemas mentais e devem ser tratados. Em que situações deve-se encaminhar o estudante para acompanhamento Psicológico e Psiquiátrico?
Segundo Drauzio Varella,
Há uma lista de sinais para problemas mentais em uma criança, se você reconhecer 20 ou mais itens, encaminhe-a ao médico.
1- Fica aflito demais quando separado da família;
2- Demonstra ansiedade ou preocupação excessiva;
3- Tem dificuldade para levantar-se pela manhã;
4- Fica hiperativo e excitável à tarde;
5- Tem sono agitado ou dificuldade para conciliar o sono;
6- Tem terror noturno ou acorda muitas vezes no meio da noite;
7- Não consegue concentrar-se na escola;
8- Tem caligrafia pobre;
9- Tem dificuldade em organizar tarefas;
10- Tem dificuldade em fazer transições;
11- Reclama de sentir-se aborrecido;
12- Tem muitas ideias ao mesmo tempo;
13- É muito intuitivo ou muito criativo;
14- Distrai-se facilmente com estímulos externos;
15- Tem períodos em que fala excessiva e muito rapidamente;
16- É voluntarioso e recusa-se a ser subordinado;
17- Manifesta períodos de extrema hiperatividade;
18- Tem mudanças de humor bruscas e rápidas;
19- Tem estados de humor irritável;
20- Tem estados de humor vertiginosamente alegres ou tolos;
21- Tem ideias exageradas sobre si mesmo ou suas habilidades;
22- Exibe um comportamento sexual inapropriado;
23- Sente-se facilmente criticado ou rejeitado;
24- Tem pouca iniciativa;
25- Tem períodos de pouca energia, ou alheamento, ou se isola;
26- Tem períodos de dúvida sobre si mesmo ou de baixa estima;
27- Não tolera demoras ou atrasos;
28- Persegue obstinadamente suas próprias necessidades;
29- Discute com adultos ou é mandão;
30- Desafia ou se recusa a cumprir regras;
31- Culpa os outros por seus erros;
32- Enerva-se facilmente quando as pessoas impõem limites;
33- Mente para evitar as consequências de seus atos;
34- Tem acessos de raiva ou fúria explosivos e prolongados;
35- Tem destruído bens intencionalmente;
36- Insulta cruelmente com raiva;
37- Calmamente faz ameaças contra outros ou contra si mesmo;
38- Já fez claras ameaças de suicídio;
39- É fascinado por sangue ou coágulos;
40- Já viu ou ouviu alucinações.
Sabe-se que os transtornos afetivos bipolares estão associados a algumas alterações funcionais do cérebro, que possui áreas fundamentais para o processamento de emoções, motivação e recompensas. É o caso do lobo pré-frontal e da amígdala, uma estrutura central que possibilita o reconhecimento das expressões fisionômicas e das tonalidades da voz. Junto dela, está o hipocampo que é de vital importância para a memória. A proximidade dessas duas áreas explica por que não se perdem as lembranças de grande conteúdo emocional. Por isso, jamais nos esquecemos de acontecimentos que marcaram nossas vidas. Outro componente envolvido com os transtornos bipolares é a produção de serotonina no tronco-cerebral (o cérebro arcaico), uma substância imprescindível para o funcionamento harmonioso do cérebro.
ASPECTOS FISIOLÓGICOS
A vitamina D (ou calciferol) é uma vitamina que promove a absorção de cálcio (após a exposição à luz solar), essencial para o desenvolvimento normal dos ossos e dentes, atua também, como recentemente descoberto, no sistema imunológico, no coração, no cérebro e na secreção de insulina pelo pâncreas. Funcionalmente, a vitamina D atua como um hormônio que mantém as concentrações de cálcio e fósforo no sangue através do aumento ou diminuição da absorção desses minerais no intestino delgado. A vitamina D também regula o metabolismo ósseo e a deposição de cálcio nos ossos. Atua na s funções metabólicas e também nas funções musculares, cardíacas e neurológicas.
Dizer NÃO também é um ato de AMOR
" As dificuldades devem ser usadas para crescer, não para desencorajar.
O espírito humano cresce forte no conflito."
William Ellery Channing
Uma grande prova de amor:
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