Café protege contra doenças relacionadas aos radicais livres. Baseado no estudo “Antioxidant and prooxidant properties of caffeine, theobromine and xanthine, deSonish Azam1abc, Naghma Hadika, Nizam Uddin Khand e Sheikh Mumtaz Hadi1a"
Palavras-chave: metabólitos da cafeína; antioxidantes; radicais hidroxila; dano ao; DNA
Introdução
A cafeína, um alcalóide purínico, é um componente fundamental de muitas bebidas populares, tais como chá e café. Há evidências que a cafeína seja um antioxidante e radioprotetor contra a via oxidativa do dano por radiação em uma grande variedade de células e organismos. A administração oral de café a camundongos também mostrou regular genes supressores de tumores, incluindo p53. Também foi observado que a cafeína tem efeito tanto indutor quanto supressor em mutações induzidas por diferentes mutagênicos físicos e químicos. O catabolismo da cafeína em sistemas bacterianos e plantas superiores gera outros alcalóides purínicos, tais como teobromina, teofilina, outras metilxantinas, xantina, e finalmente ácido úrico. Há evidências que uma via similar também opera em humanos. O ácido úrico está presente no plasma humano em concentrações quase saturadas (até 0,6 mM). Foi proposto que as funções do ácido úrico como antioxidante no plasma podem ser parcialmente responsáveis pela relativamente longa vida média dos humanos. Em vários estudos, o ácido úrico mostrou seqüestrar radicais hidroxila e oxigênio livre diretamente. Também mostrou inibir a indução de quebras simples nas cadeias do DNA pelo sistema xantina oxidase – acetaldeído – Fe(III) em núcleos isolados, e inibir o dano oxidativo ao DNA induzido pela adriamicina – Fe(III) na presença de H2O2. O ácido úrico é capaz de ligar-se a íons do ferro e do cobre e, portanto, proteger o ascorbato contra a oxidação catalisada por ferro em sangue humano. Demonstramos em um estudo prévio que, na presença de íons de cobre e oxigênio molecular, o ácido úrico causa quebra oxidativa na cadeia do DNA. Na última década, estudos em nosso laboratório estabeleceram que vários antioxidantes de origem animal e vegetal são por si só capazes de ação pró-oxidativa, levando à produção de espécies de oxigênio reativo (ROSs), particularmente na presença de íons metálicos, tais como cobre. É pertinente notar que ROSs mostraram induzir apoptose em células tumorais, e são requeridas em vias de transdução de sinal. Além do mais, foi sugerido que ROSs também podem estar envolvidas na apoptose induzida por anticorpos em células PC 12.Era, portanto, interessante examinar as propriedades antioxidantes e pró-oxidantes dos alcalóides purínicos que são também de estrutura análoga ao ácido úrico. Nesse estudo comparamos as propriedades antioxidantes da cafeína, teobromina, e xantina com as do ácido úrico e, além disso, mostramos que esses compostos também podem levar ao dano oxidativo do DNA na presença de íons do cobre. As estruturas desses compostos são mostradas na figura 1.
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